Japoneses casados até gostariam de ter mais filhos, o que agradaria o governo do arquipélago, assustado com a mais baixa taxa de natalidade da história do Japão. No entanto, as mulheres só se aventurariam em mais uma gravidez se os maridos – e também pais – ajudassem mais na criação dos pequenos.É o que mostra uma pesquisa do Instituto Nacional de Pesquisas de População e Seguro Social, órgão afiliado ao Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-estar. Dentro de cerca de 7,8 mil de famílias entrevistadas, mais de 80% dos casais de pais têm como a mulher a maior responsável pela educação e crescimento dos filhos.A pesquisa, realizada a cada cinco anos desde 1993, também mostrou que a maioria dos casais japoneses teria mais filhos se a parte masculina ajudasse mais em casa.Mulheres cujos maridos ajudam pouco na criação planejam ter, em média, 0,8 filho. O número indica que muitas acabam não planejando ter outra criança. Já nas famílias de pais participativos, essa média sobe para 1,04 filho – ou seja, as chances de a família planejar outro bebê são maiores. Parece pouca diferença, mas com uma taxa de natalidade de 1,25 filho por casal, o menor índice da história do Japão, já é motivo de animação para o governo. Para haver pelo menos a reposição da população, a taxa deveria ser de 2,1 filhos por casal, e já há decréscimo populacional no arquipélago.Por isso preocupa o governo o fato de apenas 9% das mulheres com maridos não participativos em casa quererem ter mais dois filhos. A taxa dobra (18%) em caso de maridos prestativos.E os pais não parecem querer ajudar as mamães japonesas – e conseqüentemente o governo japonês. Algo entre 40% e 50% dos maridos japoneses não participam das tarefas consideradas mais chatas, como ninar o bebê até o sono chegar ou a temível troca de fraldas. Ainda há os 10% que não participam em nenhuma tarefa relacionada aos filhos de até um ano.As mães reclamam: 83% delas declararam que os pais deveriam ajudar igualmente a cuidar dos filhos, mas 41% disseram que não podem esperar tal atitude dos maridos. Pode-se pensar em algum otimismo se considerada a queda de 6% nesse índice em relação à última pesquisa do gênero.Mas o problema não está só no fato de casais não terem filhos, mas também na diminuição do número de casamentos pelo arquipélago. Hoje, o índice de mulheres solteiras na casa dos trinta anos chega aos 25%, algo bem longe da casa dos 5% de 35 anos atrás.Os homens que trabalhavam até tarde ao menos esperavam que suas mulheres cuidassem dos filhos. Mas agora, elas também trabalham.
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Japoneses casados até gostariam de ter mais filhos, o que agradaria o governo do arquipélago, assustado com a mais baixa taxa de natalidade da história do Japão. No entanto, as mulheres só se aventurariam em mais uma gravidez se os maridos – e também pais – ajudassem mais na criação dos pequenos.É o que mostra uma pesquisa do Instituto Nacional de Pesquisas de População e Seguro Social, órgão afiliado ao Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-estar. Dentro de cerca de 7,8 mil de famílias entrevistadas, mais de 80% dos casais de pais têm como a mulher a maior responsável pela educação e crescimento dos filhos.A pesquisa, realizada a cada cinco anos desde 1993, também mostrou que a maioria dos casais japoneses teria mais filhos se a parte masculina ajudasse mais em casa.Mulheres cujos maridos ajudam pouco na criação planejam ter, em média, 0,8 filho. O número indica que muitas acabam não planejando ter outra criança. Já nas famílias de pais participativos, essa média sobe para 1,04 filho – ou seja, as chances de a família planejar outro bebê são maiores. Parece pouca diferença, mas com uma taxa de natalidade de 1,25 filho por casal, o menor índice da história do Japão, já é motivo de animação para o governo. Para haver pelo menos a reposição da população, a taxa deveria ser de 2,1 filhos por casal, e já há decréscimo populacional no arquipélago.Por isso preocupa o governo o fato de apenas 9% das mulheres com maridos não participativos em casa quererem ter mais dois filhos. A taxa dobra (18%) em caso de maridos prestativos.E os pais não parecem querer ajudar as mamães japonesas – e conseqüentemente o governo japonês. Algo entre 40% e 50% dos maridos japoneses não participam das tarefas consideradas mais chatas, como ninar o bebê até o sono chegar ou a temível troca de fraldas. Ainda há os 10% que não participam em nenhuma tarefa relacionada aos filhos de até um ano.As mães reclamam: 83% delas declararam que os pais deveriam ajudar igualmente a cuidar dos filhos, mas 41% disseram que não podem esperar tal atitude dos maridos. Pode-se pensar em algum otimismo se considerada a queda de 6% nesse índice em relação à última pesquisa do gênero.Mas o problema não está só no fato de casais não terem filhos, mas também na diminuição do número de casamentos pelo arquipélago. Hoje, o índice de mulheres solteiras na casa dos trinta anos chega aos 25%, algo bem longe da casa dos 5% de 35 anos atrás.Os homens que trabalhavam até tarde ao menos esperavam que suas mulheres cuidassem dos filhos. Mas agora, elas também trabalham.