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Insônia: saiba como atacar esse mal - Parte 01

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Um dos maiores problemas de quem costuma realizar turnos alternados na fábrica é a insônia. O distúrbio afeta a qualidade do sono e desregula completamente o relógio biológico, fazendo com que o indivíduo, mesmo que já tenha abandonado esse esquema de trabalho, continue sofrendo suas conseqüências por um bom tempo.Antes de mais nada, é bom deixar explícito que nem todo mundo pode trabalhar em horários que variam de tempos em tempos. “Isso vale para pessoas acima de 50 anos e para quem já tem um histórico de doença do sono. Os jovens, por sua vez, apresentam mais facilidades para trabalhar à noite”, diz Ademar Baptista Silva, professor de neurologia da Escola Paulista de Medicina e especialista em distúrbios do sono.O motivo está na distribuição fisiológica do sono – ou seja, as crianças dormem e acordam em horários ditos “normais”; os adolescentes preferem deitar e levantar mais tarde, além de serem capazes de cochilar durante o dia; os adultos, idem; e os idosos vão para a cama (e saem dela) muito cedo. Assim, fica fácil descobrir quem consegue se adaptar melhor à rotatividade de turnos sem sofrer tanto.Outra questão importante é a necessidade que cada um tem de dormir todas as noites. A média, você deve estar pensando, é de oito horas. Errado. De acordo com Silva, grande parte das pessoas até 30 anos precisam, na verdade, de nove horas e meia de sono, número que começa a baixar após essa idade. “É evidente que nem sempre o indivíduo consegue dormir tudo isso à noite, por afazeres sociais ou profissionais, então ele precisa complementar esse sono com pequenos cochilos de até meia hora ao longo do dia”, explica.O período ideal, para as sonecas vai das 13h às 16h – antes e/ou depois elas acabam comprometendo o sono noturno.Obviamente, algumas pessoas requerem menos ou mais horas para se sentir descansadas, e isso não implica, necessariamente, um distúrbio do sono. No primeiro caso, elas se enquadram em um padrão chamado dormidor curto (por dormirem pouco), e no segundo, em outro, exatamente oposto – ou seja, dormidor longo (por dormirem bastante).Isso é normal e não causa danos à saúde. Em compensação, existem indivíduos que, embora queiram e possam, não conseguem dormir. E é aí que entra a malfadada insônia. “Alguém que está de plantão, quer dormir e não pode tem uma privação de sono. Isso é comum no trabalho e, hoje, em função da internet.As pessoas que vivem no Japão se comunicam com quem ficou no Brasil quando estão acordadas. Assim, ou os daqui ou os de lá invertem o horário, ou mesmo combinam um horário intermediário, e isso, de certa forma, vira um problema para um ou para outro”, exemplifica o médico.Um dado curioso – e que praticamente ninguém sabe – é que dormir muito, porém de forma não reparadora, também pode ser classificado como insônia.