A bebida alcoólica está presente desde a antiguidade, da época da mitologia. Diz-se que em Egito, há 5000 anos Deus Osíris deu ao povo o conhecimento sobre cerveja. Na China também há o registro de que, há 4000 anos, na era do imperador WU, oferecia-se bebida alcoólica em sinal de veneração.Na mitologia japonesa também temos as divindades Ookuninushi no mikoto e Sukunahikona no mikoto como Deuses do sakê.Diz a história que, na segunda metade do século 8, foram admitidos em Heiankyo (atual Kyoto) os encarregados de produzir sakê para o Palácio Imperial. O sakê era uma importante oferenda nas atividades religiosas, e com isso surgiu o costume de saboreá-lo após a oferenda. Foi muito utilizado em festividades ligadas à agricultura , em casamentos e despedidas.O sakê refinado tornou-se popular na Era Edo, segunda metade do século 18, e seu consumo anual foi de 1.800.000 tonéis, sendo que a população de Edo era de 1.000.000pessoas. Isto implica em um consumo diário de 541,11cm3 por habitante. É uma quantidade considerávelmente grande. Dizem que eram bebidas finas oriundas de Nada e Fushimi. Para produzir um sakê refinado de bom sabor, é necessário um arroz de qualidade, boa água, tonel de boa qualidade como o fabricado com pinheiro de Yoshino, um competente especialista em fabricação , temperatura propícia para a fermentação, entre outras condições. Porisso, desde Era Edo já eram famosos o Kikumasamune de Nada (atual província de Hyogo) e Gekkeikan de Fushimi (Kyoto).Indispensável nas festividades e nas horas de lazer, o sakê era também apreciado nos comes-e-bebes nas platéias durante a apresentação de teatros como o Kabuki. Inclusive hoje, os assalariados se dirigem após o expediente para beber em bares e barracas ambulantes para dissipar o estresse gerado no trabalho. O número de mulheres que apreciam sakê também tem crescido vertiginosamente , inclusive sabemos que há cada vez mais mulheres que bebem em casa, estas denominadas “Kitchen dorinkaa”(as que bebem na cozinha).Dizem que a bebida alcoólica é o melhor dos remédios e atualmente, com a informação de que o polifenol contido nos vinhos traz benefícios para a saúde, sua venda aumentou bruscamente; especialmente a importação de vinhos franceses tem crescido.As embalagens como tonéis e cabaças também foram sendo substituídas por garrafas de vidro, latas, copos de kappuzakê que podem ser reutilizados após o consumo, tendo atualmente os mais variados tipos como a embalagem “slim” de 500 ml que cabe nas divisórias da geladeira.Há dois tipos de sakê refinado: o Karakuchizakê (sakê seco com teor alcoólico acima de 2 graus) e o Amakuchizakê (sakê doce). Dizem que em épocas de prosperidade, proporcionalmente à estabilidade do momento, a preferência recai sobre o Karakuchi cujo paladar não cansa o consumidor, e em épocas de recessão passa a ser maior a procura por Amakuchi que traz saciedade com uma quantidade menor. Parece que atualmente o Amakuchizakê está em alta.No Brasil, com a difusão da culinária japonesa, tem aumentado o número de brasileiros que degustam o Masuzakê (sakê em copo quadrado) para acompanhar Sushi ou Sashimi. Parece que o Atsukan (sakê aquecido) ainda não entrou na moda.Nas Eras Taisho e Showa inicia-se a guerra de propagandas entre os fabricantes. O poster da foto foi lançado em 1933 e foi imediatamente recolhido por ter sido na época considerado muito “picante”. Nem de longe se compara com os atuais.
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