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Combini

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Parada obrigatória de quem procura comodidade e não tempo para se abastecerComo o próprio nome indica, as lojas de conveniência, ou combini, como são chamadas no Japão, são uma mão na roda para quem não dispõe de tempo para ir às compras ou precisa de algum produto com mais urgência. Presentes em todos os cantos do arquipélago, este tipo de estabelecimento comercial vende praticamente um pouco de tudo, desde comidas prontas até artigos de higiene pessoal, oferecendo também serviços como entrega de mercadorias (takyubin), pagamento de contas, fotocópias, envio e recebimento de fax, e mais recentemente caixas eletrônicos, entre outras opções.As lojas de conveniência são uma espécie de extensão da nossa geladeira: sempre que falta algo é só dar uma corridinha no combini mais próximo e o problema está resolvido. E como a maioria funciona 24 horas, se transforma em uma espécie de sinalizadores da cidade. Luzes calorosas indicam que, independente do horário, haverá pessoas sempre prontas para servir.“Só faço compras em lojas de conveniência. Não vou aos supermercados, pois não tenho necessidade”, diz Douglas Yudi Nishida, 20, de Samukawa (Kanagawa). Praticamente todos os dias ele dá uma passadinha no combini para comprar chás ou ler algumas revistas. Nishida gosta particularmente do Seven Eleven, por ser a loja mais próxima de sua casa (7 minutos andando) e pela variedade de itens que oferece. Ele costuma gastar de ¥ 500 a ¥ mil e afirma gostar particularmente do sorvete cremoso (soft cream) vendido no local, onde também paga a conta do seu telefone celular.Nishida, cujo hobby são os carros e a praia, está no Japão desde dezembro de 1989. Atualmente ele trabalha em um pachinko e estuda à distância, e almoça geralmente nos restaurantes próximos ao serviço. “Quando sinto um pouco de fome fora do horário de almoço, costumo comprar uns oniguiri (bolinhos de arroz) ou um sanduíche dos combini”, comenta o jovem, que gosta particularmente dos lanches do Mini Stop.Hot stationPara a estudante Cínthia Mitsue Miyamoto, 13, de Hiratsuka (Kanagawa), o Lawson é a sua loja de conveniência preferida, principalmente por ser a mais próxima de sua casa, cerca de 10 minutos andando. “O Lawson tem tudo o que eu gosto, principalmente marmitas, sucos, iogurtes e batons, que costumo comprar com mais frequência, além de um franguinho frito e um soft cream delicioso”, conta Cinthia. Ela gasta de ¥ 500 a ¥ mil cada vez que vai ao Lawson.Cinthia é quem prepara as suas refeições, mas esporadicamente as substitui pelas marmitas das lojas de conveniência, que considera gostosas, apesar de gordurosas. Ela é de Itápolis, interior de São Paulo, e está no Japão desde dezembro de 1994. “Se tivesse internet café e produtos brasileiros nas lojas de conveniência, seria o máximo”, afirma.Pequena paradaNo Japão desde meados de 1997, Sílvio Saito, 19, de Hiratsuka (Kanagawa), também é habitué das lojas de conveniência. Ele gosta particularmente do Mini Stop, pelos seus sanduíches feitos na hora, mas frequenta mais o Circle K, por estar mais próximo do seu serviço, a menos de 2 minutos a pé. “Costumo pagar as contas e comprar lanches nestas lojas”, explica o paranaense de Rolândia, que gasta de ¥800 a ¥ 1.400 a cada compra.Saito faz as refeições no refeitório da firma ou em sua casa. Nos finais de semana costuma sair com os amigos para passear ou ir às discos e nestas ocasiões acha que seria prático se houvesse produtos brasileiros nas lojas de conveniência. “Gostaria que tivesse produtos e marmitas brasileiras nas prateleiras, pois as marmitas japonesas são muito doces”, justifica.Corações“O combini do coração”, é a forma como Cristiane Emi Nishiuchi, 17, define o Three Efe, a sua loja de conveniência predileta. “Era a mais próxima de casa e acabei me acostumando. Lá tem muita variedade de sorvetes em caixas e doces, além de opções de fraldas”, explica a jovem, que é mãe de Chrystian, 10 meses.Cristiane, que atualmente passa metade do ano no Japão e a outra na Indonésia, onde o marido Henry trabalha como guia turístico, afirma sentir falta das lojas de conveniência quando está em Lombok ou Bali. “É tão prático, pois tem de tudo, e em qualquer lugar. Fora os serviços: pago as contas, tiro xerox, envio takyubin... Gostaria também de poder pagar a conta de gás nos combini”, opina, que também adora o edamame (vagem de soja) vendido no Three Efe.


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