Loading...

Dores nas pernas

O fim das férias escolares representa, para muitas mulheres, o retorno àquela rotina estressante que alia longas jornadas de trabalho aos cuidados com as crianças na volta às aulas. Com as altas temperaturas dos primeiros meses do ano, também é comum as mulheres sofrerem mais com o inchaço e as dores nas pernas durante esse período.

Maus hábitos
“A rotina de trabalho feminina geralmente envolve passar muitas horas com as pernas imóveis, seja de pé ou sentadas. Isso pode vir acompanhado de outros hábitos, como a alimentação desbalanceada, o pouco tempo de descanso para as pernas e para as atividades físicas”, explica o cirurgião vascular com doutorado em cirurgia pela Universidade de São Paulo Kasuo Miyake. O resultado são as dores nas pernas e as varizes, veias doentes e tortuosas, que já não cumprem seu papel de levar o sangue de volta ao coração.

Prevenção
Pequenas mudanças no cotidiano são essenciais para prevenir o problema (veja quadro). “O mais importante é o que a mulher faz fora do trabalho: para ter pernas saudáveis, é fundamental a prática de exercícios e o investimento em uma alimentação balanceada”, ensina o cirurgião. De acordo com Miyake, todas as atividades físicas são benéficas para o bom funcionamento do sistema circulatório, desde que praticadas com orientação e freqüência mínima de três vezes por semana.
Não se pode esquecer que a ingestão de hormônios femininos – outra causa comum de varizes – deve ser feita apenas com o acompanhamento de um ginecologista e de um cirurgião vascular, para que ambos avaliem os prós e os contras.

Tratamento
As veias doentes podem ser cuidadas de forma rápida e segura, graças aos avanços da tecnologia. “Com aplicações de laser e injeções de glicose, é possível secar a maioria dos vasos de pequeno e médio calibres [grossura] em poucas sessões”, orienta Miyake. A comodidade oferecida pelo laser afasta até, em alguns casos, a necessidade de cirurgia. “O avanço do laser fez com que muitos casos que, antigamente, necessitavam de cirurgia fossem resolvidos apenas com o tratamento ambulatorial”, conclui o cirurgião vascular.